Uma novela que começou nos testes coletivos em novembro do ano passado e parecia ter terminado quando a Honda anunciou o fim dos investimentos na Fórmula 1 chegou ao final com uma volta por cima a favor de Bruno Senna. Com a ajuda de pelo menos um de seus patrocinadores, o brasileiro assinou contrato de três anos com o espólio, de acordo com o jornal brasileiro Folha de S.Paulo e a revista italiana Autosprint. A assessoria do piloto não confirma, mas ele já deverá estar alinhado no grid do Grande Prêmio da Austrália, no dia 29 de março.
1994 Abandona o kart após morte do tio
2004 Larga faculdade e volta às pistas
2006 Terceiro colocado na F-3 inglesa
2008 Vice-campeão da GP2
2009 Assina contrato com a Honda F-1
Bruno ocupará a vaga que era de Rubens Barrichello, acabando com as esperanças do veterano em continuar na Fórmula 1. Ele vai correr ao lado do britânico Jenson Button. Os dois vão participar dos únicos testes da equipe na pré-temporada, que acontecem entre os dias 9 e 12 de março, em Barcelona. Logo em seguida, eles embarcam para a Austrália a fim de se adaptarem ao fuso-horário.
A informação foi confirmada em matéria de Fábio Seixas na Folha de S. Paulo desta segunda-feira, e o próprio Bruno deu entrevista à revista italiana Autosprint já falando como piloto da Honda. Por outro lado, Senna desmentiu o acordo através de sua assessoria de imprensa, dizendo que viajou para a Inglaterra apenas para começar as negociações.
Mas, na entrevista à Autorprint, Bruno deu outra versão: "Com certeza, será um grande desafio. Nos últimos anos, nenhum piloto estreou com tão pouca quilometragem. Vou andar de 1.000 km a 1.200 km antes da primeira corrida. Mas é melhor começar na F-1 assim, de uma maneira difícil, do que ficar fora. Como não será por uma equipe de ponta, a pressão será menor", declarou.
Aos 25 anos, Bruno chega à Fórmula 1 após uma carreira meteórica e devolve o sobrenome Senna à categoria após 15 anos. Kartista na infância, afastou-se das pistas desde a morte do tio em 1994, e cursava administração de empresas até 2004. Voltou ao esporte incentivado pelo ex-piloto Gehrard Berger, que arrumou uma vaga para o brasileiro na F-BMW inglesa.
Depois, vieram os bons resultados na F-3 inglesa que o levaram para a GP2. O vice-campeonato em 2008 chamou a atenção da Honda. Chegou a testar pela equipe japonesa antes da indefinição gerada pela saída da montadora da categoria devido à crise. Apesar de tudo, Bruno será o terceiro brasileiro na Fórmula 1 em 2009, ao lado de Felipe Massa e Nelsinho Piquet.
A chegada de Bruno Senna à F-1 implica a despedida de outro piloto brasileiro da categoria. O novato ocupará o cockpit que nos últimos três anos pertenceu a Rubens Barrichello. Com o acordo entre Bruno e a antiga Honda, fecham-se todas as vagas no grid para esta temporada. Barrichello negocia com a equipe Vogel para disputar a próxima temporada da Stock Car.
A definição da permanência do espólio no grid veio com a ajuda da Embratel, patrocinadora de Bruno Senna, que vai ajudar a equipe a disputar a temporada 2009 junto com a FOM, holding financeira comandada por Bernie Ecclestone, e da Mercedes Benz, que fornecerá motores e câmbios. Ao longo do ano, a equipe buscará um comprador.
Ainda em entrevista à Autosprint, Bruno explicou porque não chegou a um acerto com a Toro Rosso: "Durante o inverno europeu, quando conversamos sobre o assunto, tive a impressão que a Toro Rosso estava mais interessada em sobreviver do que construir algo útil para o futuro", criticou Bruno.
O brasileiro disse estar acostumado a esse tipo de expectativa, mas não quer carregar a pressão de ter seu nome associado ao tio Ayrton: "Muitas pessoas acham que eu estou aqui apenas por causa do meu nome ou do dinheiro dos patrocinadores. Não posso anular isso, mas não posso ser vítima de uma comparação improvável", analisou.
"E não é uma comparação dessas que vai interferir no meu resultado na pista, pois estava quase com 20 anos quando resolvi competir. Somos diferentes: Ayrton é meu tio e não tenho a obrigação moral de repetir o que ele fez e conquistar os mesmos resultados", completou.
A confirmação de Bruno automaticamente anula as chances de Rubens Barrichello continuar na Fórmula 1. Todas as vagas para a temporada estão fechadas, e o veterano ficou de fora. Ele é dono do recorde de 268 corridas disputadas, com nove vitórias, 13 poles e 15 voltas mais rápidas. Barrichello negocia com a equipe Vogel para disputar a próxima temporada da Stock Car.
"Por ora, como é a chata praxe da F-1, todos negam. Mas em entrevista à revista italiana, o sobrinho de Senna é bem claro".
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
domingo, 15 de fevereiro de 2009
Honda deve ser salva com 22 milhões de euros de Petrobras e Embratel.
De acordo com matéria do conceituado jornal britânico The Guardian, a equipe Honda disputará pelo menos as quatro primeiras corridas do Mundial 2009 de Fórmula 1 com os pilotos Jenson Button e Bruno Senna ao volante dos carros.
O orçamento necessário para isso viria dos patrocinadores brasileiros de Senna. A saber: Embratel e Petrobras. As duas companhias, destacadas nas áreas de telecomunicações e energia no país, desembolsariam algo como $ 22 milhões de euros através de Bruno.
Como sugerem as especulações que circulam por toda a Europa, o anúncio oficial do projeto estaria prestes a ser feito. As quatro primeiras corridas de 2009 na F-1 acontecem no Oriente: Austrália, China, Malásia e no Bahrein.
O The Guardian também traz a palavra de Bernie Ecclestone, todo-poderoso da categoria, que afirma estar confiante no negócio: "Estou confiante de que a Honda estará na primeira prova. Mas, prefiro não comentar como vamos acertar essa situação".
"Estamos otimistas com relação ao nosso futuro. Porém, não podemos comentar mais nada nesse momento", disse um porta-voz da Honda para a imprensa britânica.
P.S. A embratel é de propriedade do mexicano Carlos Slim, o homem mais rico do mundo, e têm como seu consultor no Brasil o ex-ministro José Dirceu. Tinha por aí um tal fone celular slim, foi feito em sua homenagem.
O orçamento necessário para isso viria dos patrocinadores brasileiros de Senna. A saber: Embratel e Petrobras. As duas companhias, destacadas nas áreas de telecomunicações e energia no país, desembolsariam algo como $ 22 milhões de euros através de Bruno.
Como sugerem as especulações que circulam por toda a Europa, o anúncio oficial do projeto estaria prestes a ser feito. As quatro primeiras corridas de 2009 na F-1 acontecem no Oriente: Austrália, China, Malásia e no Bahrein.
O The Guardian também traz a palavra de Bernie Ecclestone, todo-poderoso da categoria, que afirma estar confiante no negócio: "Estou confiante de que a Honda estará na primeira prova. Mas, prefiro não comentar como vamos acertar essa situação".
"Estamos otimistas com relação ao nosso futuro. Porém, não podemos comentar mais nada nesse momento", disse um porta-voz da Honda para a imprensa britânica.
P.S. A embratel é de propriedade do mexicano Carlos Slim, o homem mais rico do mundo, e têm como seu consultor no Brasil o ex-ministro José Dirceu. Tinha por aí um tal fone celular slim, foi feito em sua homenagem.
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