segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

NEWSWEEK: O BRASIL SERÁ A NOVA CHINA EM 2010.

Brazil Is the New China
NewsWeeK

tradução..

“Certamente, o Brasil já recebeu a sua parte justa do hype de investidores internacionais, dos economistas do desenvolvimento e do Comité Olímpico Internacional, que escolheu o Rio de Janeiro para os Jogos de 2016. Mas à medida que 2010 se desenrola, a distância entre o Brasil e o restante dos BRICs só vai crescer. A Rússia há muito tempo desistiu da corrida, como as geladas e autoritárias tendências de Putin tornaram-se mais aparentes, assustando o dinheiro estrangeiro. A Índia ainda está crescendo fortemente, mas o país está preso em uma região instável com ameaças de todos os lados. A China, é claro, ainda é o deleite dos endinheirados internacionais, mas uma série de riscos — uma bolha imobiliária ou acionária, conflitos étnicos, uma catástrofe ambiental — pairam no horizonte.

Para o Brasil, tudo se passa de modo mais favorável. A economia vai crescer 8 por cento em 2010. Explorar a nova descoberta petrolífera em sua costa — a maior do Hemisfério Ocidental em três décadas — vai criar empregos para os brasileiros e trazer riquezas para o governo. (Essa descoberta irá também solidificar a invejável independência energética do Brasil.) Novos projetos de infra-estrutura estão em desenvolvimento à medida em que o país se prepara para os Jogos Olímpicos de 2016. A eleição presidencial do próximo ano provavelmente será um tédio, mas isso apenas porque é difícil ofuscar o próprio Brasil hoje em dia.”

Clique aqui para ler o original.

GABRIELLI: O PSDB TERIA VENDIDO A PETROBRAS

Eles já tinham até o logo da nova empresa




Saiu no blog da Petrobras:

“Resumindo: a Petrobras é um sucesso!”, diz Gabrielli em entrevista ao Estadão

O Estado de S.Paulo de sexta-feira (25/12) publicou uma entrevista com o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo , que, como lembra o jornal, “em seus quase quatro anos à frente da Petrobras, anunciou a conquista da autossuficiência brasileira em petróleo (2006); a descoberta do pré-sal (2007-2008); e a consequente listagem da Petrobras entre as maiores companhias de energia do mundo”.

Ao fazer um balanço da companhia nos últimos sete anos, Gabrielli comemora: “A Petrobras valia cerca de US$ 14 bilhões em 2003 e hoje vale cerca de US$ 210 bilhões. Hoje, temos um portfólio exploratório em crescimento no Brasil. A Petrobras tem hoje 46% da sua força de trabalho com menos de nove anos de casa e 53% com mais de 19 anos. Houve uma renovação da força de trabalho dentro da empresa. A Petrobras fortaleceu a sua estrutura corporativa. Entrou fortemente na área de biocombustíveis. Montou e consolidou a estrutura de gás natural no País. Em 2002 investia US$ 200 milhões por ano em refino. Hoje esse valor é mensal. Ampliou o market-share na BR (distribuidora). Comprou a Liquigás. É hoje a sexta maior empresa de energia do mundo e a segunda maior em petróleo. Resumindo: um sucesso!”.

Clique aqui para ler na íntegra.

A REVISTA VEJA NAO É SÉRIA, NAO É ISENTA E É TENDENCIOSA...

A reportagem abaixo data de Abril/08. Fiquei sabendo que não foi baseada em números concretos, ou estatísticos. Foram baseados em dados dos próprios governantes. Veja no que deu Arruda de Brasília, ficou atolado na corrupção, atolado em panetones.

Brasil
Seis homens, um destino

Da safra atual de governadores vêm os melhores
sinais de que há um jeito de administrar a máquina
pública, com profissionalismo e menos politicagem

Paulo Hartung, Aécio Neves, Sérgio Cabral, José Serra, José Roberto Arruda e Eduardo Campos: contas em ordem e bons índices de popularidade

Gestão é o "ato de gerir; gerência, administração", segundo o Aurélio. Simples? No mundo das empresas, sim. Ali, gestão é a soma dos processos que garantem a sobrevivência e a lucratividade e estabelecem os requisitos mínimos para o crescimento. Na vida pública brasileira, esse conceito esteve ausente durante quase toda a história do país. O que se vai ler aqui é a história de seis governadores que decidiram mudar isso e gerir seus estados com racionalidade e objetivos claros, criando no processo as bases do Brasil do futuro...

Coitada de Veja, José Roberto Arruda, não acha isso de gestão.

DILMA AINDA NÃO CONQUISTOU 50% DOS QUE SE DIZEM PETISTAS

Lula traz popularidade recorde ao PT

por José Roberto de Toledo

O Estado de S. Paulo - 27/12/2009

O PT entra no ano eleitoral de 2010 como a maior popularidade de sua história. Um em cada quatro eleitores brasileiros diz ter preferência pelo Partido dos Trabalhadores. É o maior porcentual de simpatia alcançado por qualquer agremiação partidária nacional nos últimos 20 anos. E a razão desse neopetismo é a boa avaliação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Levantamento feito pelo Estado com base em pesquisas Datafolha desde 1989 mostra que, nas últimas duas décadas, o PT multiplicou por quatro a sua área de influência: saiu de 6% para 25% de preferência entre os eleitores brasileiros. Mas foi um caminho com muitos altos e baixos. Nem sempre a popularidade se transformou em votos para a legenda.

Na primeira década após a retomada das eleições diretas para presidente da República, o PT foi o maior favorecido pela dramática perda de popularidade do governo Collor. O impeachment do presidente que havia derrotado Lula em 1989 criou uma imagem para parte do eleitorado de que os petistas eram fiscais da corrupção. A sigla chegou a 17% de preferência em dezembro de 1992, tecnicamente empatada com o PMDB (19%), então o partido mais popular do País.

Sob efeito das manifestações de rua dos cara-pintadas e com esperança renovada na política, mais brasileiros do que em qualquer outra época recente declaravam ter simpatia por alguma agremiação partidária, fosse ela qual fosse: 58%.

O período seguinte, porém, foi de refluxo para todos os partidos, com exceção do PSDB. A recusa em participar do governo de Itamar Franco e a aposta no fracasso do Plano Real custaram ao PT uma regressão a apenas 9% das preferências, em dezembro de 1994. A partir daí, os tucanos se consolidariam como a terceira legenda em popularidade, embora não tenham conseguido usar o governo FHC para ultrapassar a barreira dos 6% de preferência.

Após a reeleição de Fernando Henrique Cardoso e a imediata desvalorização do real, em 1999, o PT voltou a crescer no imaginário do eleitorado. E, pela primeira vez, ultrapassou o PMDB na preferência partidária. Após alguns solavancos nos meses seguintes, o partido entrou no novo século com 21% de citações e dez pontos a mais que o segundo colocado.

A eleição de Lula em 2002 e a posterior implantação de programas populares de combate à fome e disseminação do crédito renderam ao PT seu patamar mais alto de preferência até então - 24% de citações em dezembro de 2004. Aí vieram os escândalos de corrupção envolvendo o partido.

O mensalão, em 2005, e os "aloprados" petistas em 2006, às vésperas do 1º turno da sucessão presidencial, fizeram despencar a popularidade do PT, que bateu em 16% em setembro daquele ano. Mas a desilusão dos eleitores foi tão grande que ninguém se beneficiou da queda. Nesse mesmo mês, dois em cada três brasileiros diziam não ter preferência partidária, um novo recorde de desinteresse pela política.

Desde então, o segundo mandato de Lula foi marcado, no imaginário do eleitor, por uma onda econômica que permitiu a queda do desemprego, o aumento exponencial do consumo das classes C e D e a superação da crise financeira mundial de maneira inédita pelo Brasil. Os recordes de popularidade do presidente e de seu governo foram acompanhados pela recuperação da preferência pelo PT.

O partido parece ter ficado imune ao desgaste de novas acusações de corrupção. Cresceu nove pontos em três anos e bateu o recorde de preferência partidária das últimas duas décadas. Foi ajudado pela inércia dos adversários. O PFL, mesmo virando DEM, viu sua preferência, em 20 anos, minguar de 4% para 1%. O PSDB não passou de 8%, mesmo patamar do PMDB.

Embora seja um capital importante, o crescimento não é garantia de sucesso automático nas eleições de 2010.

Os neopetistas são os mais entusiasmados com o governo, mas muitos mostram alto grau de desconexão com o partido. A dez meses da eleição, só 14% dos que declaram preferência pelo PT afirmaram espontaneamente que pretendem votar na petista Dilma Rousseff para presidente. Depois de serem apresentados aos nomes dos presidenciáveis, esse porcentual subiu para 44%. Ainda assim, há 23% que preferem o tucano José Serra, 13% que vão de Ciro Gomes (PSB) e 8% que citam Marina Silva (PV).

Entre agosto e dezembro, a intenção de voto dos petistas na ministra cresceu de 8% para 14% na espontânea e de 36% para 44% na estimulada. Para Dilma, ainda há mais da metade de simpatizantes do partido a conquistar. Eles são o caminho mais rápido para incrementar a sua posição nas pesquisas.

José Roberto de Toledo é jornalista especializado em reportagens com uso de estatísticas e coordenador da Abraji


quarta-feira, 23 de dezembro de 2009