Filho da Governadora é preso. Segundo a PF, valor dos contratos fraudados desde 2005 pode superar R$ 36 milhões.Operação Hígia investiga irregularidades na área da saúde.
A Polícia Federal realiza nesta sexta-feira (13) a Operação Hígia para desmantelar uma suposta quadrilha que realizava fraudes em licitações da área de saúde nos estados do Rio Grande do Norte e Paraíba. O valor dos contratos fraudados desde 2005 pode ser superior a R$ 36 milhões.
Segundo a PF, 190 agentes cumprem 13 mandados de prisão e 42 de busca e apreensão. Um mandado de prisão e dois de apreensão serão cumpridos na Paraíba e os demais no Rio Grande do Norte. Entre os presos está o assessor parlamentar Lauro Maia, filho da governadora do Rio Grande do Norte, Wilma de Faria (PSB). A prisão é temporária - vale por cinco dias.
Maia trabalha no gabinete do deputado estadual Lavoisier Maia (PSB), que é seu pai.
O advogado do assessor, Erick Pereira, informou que seu cliente se diz inocente das acusações de ter influenciado em contratos. Ele afirmou não ter tido acesso ao teor do processo, mas que a prisão ocorreu para que Lauro Maia pudesse prestar esclarecimentos. "A acusação é genérica, mas a gente não teve acesso. Tivemos o motivo da prisão, que é para ele ser ouvido. O que causa estarrecimento é que a investigação está no final e ele [Lauro Maia] nunca ter sido chamado para prestar esclarecimentos."
Pereira disse que Lauro Maia está prestando depoimento e que, caso não seja liberado após o término, vai impetrar um habeas corpus solicitando a soltura.
De acordo com a polícia, a suposta quadrilha atuava para celebração de contratos ilícitos na área de saúde. Teria ocorrido corrupção de agentes públicos e tráfico de influência para contratações emergenciais. Dessa forma, os integrantes do suposto esquema desviavam verbas públicas. A PF afirma em nota que constatou tráfico de influência por agentes políticos do Rio Grande do Norte. A PF informou que os presos poderão responder pelos crimes de falsidade ideológica, peculato, corrupção, prevaricação, tráfico de influência, fraude à licitação, dispensa indevida de licitação, patrocínio de interesse privado e prorrogação contratual indevida. As penas isoladamente variam de 3 meses a 12 anos de prisão e podem chegar ao máximo de 65 anos. A operação tem esse nome - Hígia - porque, na mitologia grega, ela era a deusa da saúde e da limpeza. A Polícia Federal concederá entrevista para falar sobre a operação às 10h.
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