Você acha que os argentinos idolatram mais o Maradona do que os brasileiros idolatram o Pelé?
Acho que sim. Mas também tem o fato de no Brasil ter muitas regiões e ídolos. Eu vivi no Rio de Janeiro e lá o Zico é muito amado. Na Argentina é tudo mais centralizado. O futebol está quase todo em Buenos Aires. E foi lá que Maradona triunfou. Buenos Aires é Maradona. Argentina é Maradona. A ligação é maior.
Qual torcida é mais fanática: a do Boca ou a do Flamengo?
O que eu vivi no Flamengo foi o que de melhor aconteceu na minha carreira. O Maradona me pergunta sobre minha passagem no Brasil e ele quase não acredita quando falo sobre o Maracanã lotado. A Bombonera faz muito barulho. 50 000 pessoas lá parece 100 000 no Maracanã. Mas o Flamengo tem mais gente. Quando ele está bem, em boa fase, aquela massa rubro-negra cantando é insuperável. O potencial desse time é absurdo. Está acima de todos! O Flamengo é incrível!
O que mais o Maradona lhe pergunta sobre o Brasil?
Maradona é um apaixonado por futebol. Ele me questiona sobre o clássico Fla-flu, sobre o clima na cidade nos dias de jogos. Só tenho coisas boas para contar.
Hoje existem alguns Argentinos atuando no Brasil: D'Alessandro, Conca, Herrera. Você acha que eles podem ter oportunidades na seleção?
Está um pouco difícil. Já temos o grupo do Mundial quase todo fechado. Então fica complicado de entrar alguém mais.
E o sonho de dirigir o Flamengo, continua de pé?
Sim, meu sonho segue vivo. Hoje o que quero na vida é ganhar a Copa de 2010 com Maradona e no outro dia ser contratado como técnico do Flamengo. Talvez seja pedir demais, não? [risos] Mas não custa sonhar.
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